Relembrando uma Professora e amiga, Teresa Coelho.

Relembrando uma Professora e amiga, Teresa Coelho.

cato

Relembrando uma Professora e amiga, Teresa Coelho, que tinha a particularidade de deixar saudade.

Com tão pouco, sabia ser grande.

Numa fragilidade aparente, abraçava o mundo.

Com sorrisos discretos, conquistava corações.

Viveu para todos, e todos nós, estamos aqui para lhe dizer: Obrigada!

Professora Ana Brito

O Cato era, para a Professora Teresa Coelho, tão especial que foi através dele que a Escola que a acolheu, tão carinhosamente, a recorda.

Aparentemente solitário, o Cato traz em si o significado da perseverança, fortaleza e persistência.

Na natureza geralmente é encontrado em regiões áridas e terrenos onde outras plantas não conseguem sobreviver. Tem significado intrínseco e as propriedades que auxiliam as pessoas a descobrir sua força interior nos momentos de solidão e dificuldades. Por sua capacidade de armazenar água por longos períodos também simboliza as emoções e sentimentos que guardamos dentro de nós sem demonstrarmos ao mundo exterior. Os espinhos são uma estratégia para sobreviver em ambientes agressivos e hostis. Apesar de estar cercado por dificuldades do ambiente muitas espécies de catos geram flores belíssimas. A presença dos catos é sempre um lembrete de vitalidade e persistência.

O Livro do Desassossego – Fernando Pessoa-composto por Bernardo Soares

Era o livro amado da Professora Teresa. Estas são passagens que ficam em nome dos momentos vividos e partilhados junto de todos os seus alunos …

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugná-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.

Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também. 

     A coragem que vence o medo tem mais elementos de grandeza que aquela que o não tem. Uma começa interiormente; outra é puramente exterior. A última faz frente ao perigo; a primeira faz frente, antes de tudo, ao próprio temor dentro da sua alma.

    Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida.

    Tudo que existe, existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo.

   A humanidade, que é pouco sensível, não se angustia com o tempo, porque sempre faz tempo; não sente a chuva senão quando lhe cai em cima.

  O coração, se pudesse pensar, pararia.

Germano Ferreira

3 comentários

Pedro Coelho Publicado em12:21 - 19/10/2016

“Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num País sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.”

(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Ausência

Maria Fernanda da Silva Valente Publicado em18:16 - 19/10/2016

Homenagem bonita, sentida, merecida.

vitória Publicado em17:34 - 20/10/2016

Há um ano você se foi. Parece que foi ontem que recebemos a desoladora notícia que você já não estava mais entre nós

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